Eu não sou linear. Eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não existe começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia.
Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto. Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E independente.
Fernanda Mello
quarta-feira, 21 de julho de 2010
"Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias.Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma."
"Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar. Chorei porque daqui em diante chorarei menos. Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela."
"Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela."
Anais Nin
sábado, 17 de julho de 2010
Impar + impar = par
"Desde pequenos vemos o ímpar com olhos não tão bons quanto aqueles com os quais vemos o par. Nas aulas de Matemática, os números ímpares são sempre os mais chatos, porque qualquer par é divisível por dois. O ímpar não divide tão fácil, dá conta quebrada, quebra a cabeça, é mais complexo. Talvez aí esteja a graça.
Na sociedade também é assim, por isso ela só sabe viver em par: é mais simples. Ser ímpar é um desafio e tanto. Sopa de pacotinho serve 2 ou 4 pratos; as salas de jantar têm 4, 6 ou 8 cadeiras; os assentos díspares que não foram vendidos permanecem sempre vazios nos shows; quando entramos sozinhos em um restaurante os garçons sempre perguntam “está esperando alguém?”; os aparelhos de jantar têm 12 ou 24 peças; qualquer promoção em rádio presenteia com “um par de ingressos” e por aí vai.
Aí reside o x da questão: as pessoas não estão preparadas, ainda, para lidar com o ímpar. E impor-se como tal, além de dar trabalho (a tal da conta quebrada), causa estranhamento. E quase todos os que vivem em par não se conformam com a condição dos que ainda vivem ímpares. Às vezes, ainda que inconscientemente, incomodam-se com a solidão alheia como se a felicidade dependesse do par, como se só fôssemos completos se estivéssemos ao lado da cara-metade. Esquecem-se de que já nascemos números inteiros. Todo mundo quer encontrar um par, é verdade, mas, independentemente disso, precisa aprender primeiro a ser ímpar.
Há dezenas, centenas, milhares de pessoas, por exemplo, que ficam com qualquer par porque nunca se aceitaram ímpar e, não raro, acabam numa regra de três. Há par que, apesar de admirar quem sabe estar ímpar, não tem coragem de ser feliz sozinho e prefere a infelicidade ao quadrado. Mas é preferível ser um ímpar em evidência a tornar-se um par nulo.
É sendo ímpar que tornamo-nos números positivos, temos a chance de nos conhecer melhor, de sermos independentes no bom sentido, de aprendermos a respeitar nossas vontades e observar que existem outras diferentes das nossas, de desenvolvermos nossa tolerância e de entender melhor o que é privacidade… nossa e dos outros.
Ir sozinho aos lugares, por exemplo, é espantoso para quem é par. Claro que ir em par é mais legal, mas, na falta de um, não se pode deixar de fazer as coisas. “Ué? Você veio sozinha?! Cadê seu namorado?”, como se minha presença como número inteiro estivesse pela metade. “Caramba! Você foi viajar sozinha? Você é corajosa!”, como se isso fosse uma incógnita na cabeça de quem só pensa em par. Há quem viva em par mas que só sai se for em par. Uma coisa é querer ir aos lugares com a cara-metade por apreciar a companhia dela; outra é querer ir com ela apenas por não saber ou não conseguir ir como unidade.
O ímpar atrapalha, como se fosse um elemento não contido no conjunto. Para ele sempre falta cadeira (porque sempre se está esperando um número par) e sobre ele impõe-se uma aura de melancolia gratuita: “Coitado, é sozinho”. Sempre fazem a conta errada… o produto do cálculo deveria ser está sozinho.
Ainda que esse ímpar viva assim para o resto da vida por motivos que só o Universo conhece, sabendo ser ímpar — no sentido de “único”, “sem igual”, “autêntico” — e estar ímpar, enquanto não acha seu par, ele vai ser feliz, porque se basta a si mesmo e não vai esperar que alguém o complete. Quando encontrar seu par, ele vai poder se doar, inteiro, porque, em vez de se subtraírem, se completarem, eles vão se somar e saber dividir.
2) A solidão transforma os ímpares em números primos se são sozinhos. E separa os pares.
O outro verbo de ligação, o ser, é mais radical. Se alguém é sozinho, sua condição de ímpar (no segundo sentido, de não-par) deixa de ser transitória para configurar-se infinita. Ele será ímpar sempre, ainda que viva em par. Não raro, apresenta sérias dificuldades em se relacionar com os outros porque quer tirar raiz quadrada de tudo e está sempre saindo pela tangente. Torna-se número primo, mais chato ainda, só divisível por si mesmo ou por um. Mais egoísta, impossível.
É sozinho quem, mesmo cismando em viver em par, não sabe estar ímpar. Torna-se um número irracional(1), um número negativo, um mero segmento de reta. Espelha-se no outro, espera do outro, depende do outro, projeta cem por cento de suas expectativas no outro, não respeita o outro como diferente porque, em vez de dois inteiros que decidiram viver juntos, pensa serem metades se completando, tendo de pensar e se comportar como uma única unidade. Esquecem-se de que nasceram dois e de que, como tal, já eram inteiros assim.
Na sociedade também é assim, por isso ela só sabe viver em par: é mais simples. Ser ímpar é um desafio e tanto. Sopa de pacotinho serve 2 ou 4 pratos; as salas de jantar têm 4, 6 ou 8 cadeiras; os assentos díspares que não foram vendidos permanecem sempre vazios nos shows; quando entramos sozinhos em um restaurante os garçons sempre perguntam “está esperando alguém?”; os aparelhos de jantar têm 12 ou 24 peças; qualquer promoção em rádio presenteia com “um par de ingressos” e por aí vai.
Aí reside o x da questão: as pessoas não estão preparadas, ainda, para lidar com o ímpar. E impor-se como tal, além de dar trabalho (a tal da conta quebrada), causa estranhamento. E quase todos os que vivem em par não se conformam com a condição dos que ainda vivem ímpares. Às vezes, ainda que inconscientemente, incomodam-se com a solidão alheia como se a felicidade dependesse do par, como se só fôssemos completos se estivéssemos ao lado da cara-metade. Esquecem-se de que já nascemos números inteiros. Todo mundo quer encontrar um par, é verdade, mas, independentemente disso, precisa aprender primeiro a ser ímpar.
Há dezenas, centenas, milhares de pessoas, por exemplo, que ficam com qualquer par porque nunca se aceitaram ímpar e, não raro, acabam numa regra de três. Há par que, apesar de admirar quem sabe estar ímpar, não tem coragem de ser feliz sozinho e prefere a infelicidade ao quadrado. Mas é preferível ser um ímpar em evidência a tornar-se um par nulo.
É sendo ímpar que tornamo-nos números positivos, temos a chance de nos conhecer melhor, de sermos independentes no bom sentido, de aprendermos a respeitar nossas vontades e observar que existem outras diferentes das nossas, de desenvolvermos nossa tolerância e de entender melhor o que é privacidade… nossa e dos outros.
Ir sozinho aos lugares, por exemplo, é espantoso para quem é par. Claro que ir em par é mais legal, mas, na falta de um, não se pode deixar de fazer as coisas. “Ué? Você veio sozinha?! Cadê seu namorado?”, como se minha presença como número inteiro estivesse pela metade. “Caramba! Você foi viajar sozinha? Você é corajosa!”, como se isso fosse uma incógnita na cabeça de quem só pensa em par. Há quem viva em par mas que só sai se for em par. Uma coisa é querer ir aos lugares com a cara-metade por apreciar a companhia dela; outra é querer ir com ela apenas por não saber ou não conseguir ir como unidade.
O ímpar atrapalha, como se fosse um elemento não contido no conjunto. Para ele sempre falta cadeira (porque sempre se está esperando um número par) e sobre ele impõe-se uma aura de melancolia gratuita: “Coitado, é sozinho”. Sempre fazem a conta errada… o produto do cálculo deveria ser está sozinho.
Ainda que esse ímpar viva assim para o resto da vida por motivos que só o Universo conhece, sabendo ser ímpar — no sentido de “único”, “sem igual”, “autêntico” — e estar ímpar, enquanto não acha seu par, ele vai ser feliz, porque se basta a si mesmo e não vai esperar que alguém o complete. Quando encontrar seu par, ele vai poder se doar, inteiro, porque, em vez de se subtraírem, se completarem, eles vão se somar e saber dividir.
2) A solidão transforma os ímpares em números primos se são sozinhos. E separa os pares.
O outro verbo de ligação, o ser, é mais radical. Se alguém é sozinho, sua condição de ímpar (no segundo sentido, de não-par) deixa de ser transitória para configurar-se infinita. Ele será ímpar sempre, ainda que viva em par. Não raro, apresenta sérias dificuldades em se relacionar com os outros porque quer tirar raiz quadrada de tudo e está sempre saindo pela tangente. Torna-se número primo, mais chato ainda, só divisível por si mesmo ou por um. Mais egoísta, impossível.
É sozinho quem, mesmo cismando em viver em par, não sabe estar ímpar. Torna-se um número irracional(1), um número negativo, um mero segmento de reta. Espelha-se no outro, espera do outro, depende do outro, projeta cem por cento de suas expectativas no outro, não respeita o outro como diferente porque, em vez de dois inteiros que decidiram viver juntos, pensa serem metades se completando, tendo de pensar e se comportar como uma única unidade. Esquecem-se de que nasceram dois e de que, como tal, já eram inteiros assim.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Trecho do Cap 6 de "Alice no país das maravilhas".
"O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?", perguntou Alice
"Isso depende muito de para onde você quer ir", respondeu o Gato.
"Não me importo muito para onde...", retrucou Alice.
"Então não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.
"...contanto que dê em algum lugar", Alice completou.
"Oh, você pode ter certeza que vai chegar", disse o Gato, "se você caminhar bastante."
"Alice sentiu que isso não deveria ser negado, então ela tentou outra pergunta.
"Que tipo de gente vive lá?"
"Naquela direção", o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo," vive o Chapeleiro, e naquela, apontando a outra pata, "vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos."
"Mas eu não quero ficar entre gente maluca", Alice retrucou.
"Oh, você não tem saída", disse o Gato, "nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca."
"Como você sabe que eu sou louca?", perguntou Alice.
"Você deve ser", afirmou o Gato, "ou então não teria vindo para cá."
"Isso depende muito de para onde você quer ir", respondeu o Gato.
"Não me importo muito para onde...", retrucou Alice.
"Então não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.
"...contanto que dê em algum lugar", Alice completou.
"Oh, você pode ter certeza que vai chegar", disse o Gato, "se você caminhar bastante."
"Alice sentiu que isso não deveria ser negado, então ela tentou outra pergunta.
"Que tipo de gente vive lá?"
"Naquela direção", o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo," vive o Chapeleiro, e naquela, apontando a outra pata, "vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos."
"Mas eu não quero ficar entre gente maluca", Alice retrucou.
"Oh, você não tem saída", disse o Gato, "nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca."
"Como você sabe que eu sou louca?", perguntou Alice.
"Você deve ser", afirmou o Gato, "ou então não teria vindo para cá."
LEWIS CARROLL
sexta-feira, 2 de julho de 2010
A política do pão e circo
Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política “panem et circenses”, a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.
Esta situação ocorrida na Roma antiga é muito parecida com o Brasil atual. Aqui o crescimento urbano gerou, gera e continuará gerando problemas sociais. A quantidade de comunidades (também conhecidas como favelas) cresce desenfreadamente e a condição de vida da maioria da população é difícil. O nosso governo, tentando manter a população calma e evitar que as massas se rebelem criou o “Bolsa Família”, entre outras bolsas, que engambela os economicamente desfavorecidos e deixa todos que recebem o agrado muito felizes e agradecidos. O motivo de dar dinheiro ao povo é o mesmo dos imperadores ao darem pão aos romanos. Enquanto fazem maracutaias e pegam dinheiro público para si, distraem a população com mensalidades gratuitas.
Estes programas sociais até fariam sentido se também fossem realizados investimentos reais na saúde, educação e qualificação da mão-de-obra, como cursos profissionalizantes e universidades gratuitas de qualidade para os jovens. Aquela velha frase “não se dá o peixe, se ensina a pescar” pode ser definida como princípio básico de desenvolvimento em qualquer sociedade. E ao invés dos circos romanos, dos gladiadores lutando no Coliseu, temos nossos estádios de futebol e seus times milionários. O brasileiro é apaixonado por este esporte assim como os romanos iam em peso com suas melhores roupas assistir as lutas nos seus estádios. O efeito político também é o mesmo nas duas épocas: os problemas são esquecidos e só pensamos nos resultados das partidas.
De quatro em quatro anos tudo para!
Sera que alguém se lembra que é ano de eleição? Sera que alguém se lembra das corrupções na politica?
Vcs já se perguntaram porque nossas eleições são de quatro em quatro anos e coincidem justamente com a copa do mundo?
A política do “Pão e CIRCO” esta no Brasil, e cabe a nós aderir a ela ou não.
Esta situação ocorrida na Roma antiga é muito parecida com o Brasil atual. Aqui o crescimento urbano gerou, gera e continuará gerando problemas sociais. A quantidade de comunidades (também conhecidas como favelas) cresce desenfreadamente e a condição de vida da maioria da população é difícil. O nosso governo, tentando manter a população calma e evitar que as massas se rebelem criou o “Bolsa Família”, entre outras bolsas, que engambela os economicamente desfavorecidos e deixa todos que recebem o agrado muito felizes e agradecidos. O motivo de dar dinheiro ao povo é o mesmo dos imperadores ao darem pão aos romanos. Enquanto fazem maracutaias e pegam dinheiro público para si, distraem a população com mensalidades gratuitas.
Estes programas sociais até fariam sentido se também fossem realizados investimentos reais na saúde, educação e qualificação da mão-de-obra, como cursos profissionalizantes e universidades gratuitas de qualidade para os jovens. Aquela velha frase “não se dá o peixe, se ensina a pescar” pode ser definida como princípio básico de desenvolvimento em qualquer sociedade. E ao invés dos circos romanos, dos gladiadores lutando no Coliseu, temos nossos estádios de futebol e seus times milionários. O brasileiro é apaixonado por este esporte assim como os romanos iam em peso com suas melhores roupas assistir as lutas nos seus estádios. O efeito político também é o mesmo nas duas épocas: os problemas são esquecidos e só pensamos nos resultados das partidas.
De quatro em quatro anos tudo para!
Sera que alguém se lembra que é ano de eleição? Sera que alguém se lembra das corrupções na politica?
Vcs já se perguntaram porque nossas eleições são de quatro em quatro anos e coincidem justamente com a copa do mundo?
A política do “Pão e CIRCO” esta no Brasil, e cabe a nós aderir a ela ou não.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'. 'Nós' temos quatro: dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou 'acreditarem' que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...
E haja capim!!!
-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'. 'Nós' temos quatro: dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou 'acreditarem' que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...
E haja capim!!!
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