quinta-feira, 24 de junho de 2010

Zadig - Voltaire

— Qual é, de todas as coisas do mundo, a mais longa e a mais curta, a mais rápida e a mais lenta, a mais divisível e a mais extensa, a mais negligenciada e a mais irreparavelmente lamentada, que devora tudo o que é pequeno e que vivifica tudo o que é grande?

O tempo.

“Nada é mais longo — acrescentou ele, — pois que é a medida da eternidade; nada é mais curto, pois que falta a todos os nossos projetos; nada mais lento para quem espera; nada mais rápido para quem desfruta a vida; estende-se, em grandeza, até o infinito; divide-se, até o infinito, em pequenez; todos os homens o negligenciam, todos lhe lamentam a perda; nada se faz sem ele, faz esquecer tudo o que é indigno da posteridade, e imortaliza as grandes coisas”

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fiódor Dostoiévski

"Meu Deus, que tenho eu com as leis da natureza e com a aritmética, se, por algum motivo, não me agradam essas leis e o dois e dois são quatro? Está claro que não romperei esse muro com a testa, se realmente não tiver forças para fazê-lo, mas não me conformarei com ele unicamente pelo fato de ter pela frente um muro de pedra e de terem sido insuficientes as minhas forças...

Tudo compreender, tudo ver e vê-lo muitas vezes, de modo incomparavelmente mais nítido do que o fazem todas as nossas inteligências mais positivas; não se conformar com nada e com ninguém, mas ao mesmo tempo, não desdenhar de nada..." Memórias do Subsolo da Editora 34




“Existe intelecto, mas não com ideias próprias; existe coração, mas são pouco generosos; e assim por diante, em todos os sentidos. Há inúmeras pessoas assim, mais ainda do que parece. Dividem-se em duas categorias principais: as limitadas e as mais espertas. As primeiras são as mais felizes. A segunda categoria: a das mais espertas esta contaminado pela ânsia da originalidade. Ora esta categoria como referi mais acima, é bastante mais infeliz do que a dos limitados.”